“Lembra-te sempre dos teus sonhos e luta por realizá-los. Tens de saber o que queres da tua vida. Só existe uma coisa que pode tornar os teus sonhos impossíveis: o medo de falhar.”
(Paulo Coelho)
É frustrante, não é? Ver o tempo a passar, enquanto o nosso sonho mantém-se apenas isso… um sonho. A cada dia que passa o nosso sonho vai-se dissipando um pouco mais, num mundo em constante movimento.
Queremos deixar o nosso trabalho para perseguir um caminho que nos traga mais significado para a nossa vida, mas temos as contas para pagar. Queremos tirar tempo para podermos viajar pelo mundo, mas temos de cuidar da nossa família. Queremos escrever um livro, mas não nos sobra energia nenhuma, depois de 8h de trabalho. Quando mal temos tempo para nos sentarmos e desfrutar de uma refeição, como é que podemos começar a trabalhar devidamente nos nossos sonhos?
Se as 24h do dia não parecem ser suficientes para tratar de tudo o que necessitamos, é sinal de que a nossa vida está a esmagar-nos. E em resposta ao stress todo que vivemos, o nosso cérebro faz o melhor para nos distrair e não nos fazer enfrentar os nossos problemas. É mais fácil ficar parado a olhar para a parede, ou desperdiçar horas no Youtube, em vez de trabalharmos para conseguirmos realizar os nossos sonhos.
Todos já tivemos nesta posição de desgaste e de nos sentirmos esmagados pelas nossas responsabilidades. Temos tantas coisas para fazer na nossa to-do list, que podíamos ter uma centena de clones nossos que não iríamos fazer muitos progressos, mas não podemos esperar acordar um dia e tropeçarmos no tipo de vida dos nossos sonhos. Temos de fazer pequenos, mas fortes progressos em direcção da realização do nosso sonho – por mais esmagadora que a vida esteja a ser.
Para o conseguirmos, podemos começar por dar estes passos em direcção à vida que queremos ter:
Se temos medo de fazer algo, devemos fazê-lo
Parece contraintuitivo, não parece? Porque é que deveríamos escolher fazer algo que nos assusta tanto, especialmente se nos faltar a energia e o foco para o fazer?
Há quem tenha o sonho de se tornar num escritor, mas têm medo de partilhar as suas palavras com o público. E se as pessoas não gostarem? Se ninguém quiser ler o que tenho para contar? São perguntas que invadem a sua mente frequentemente. Por isso, decidem culpar a falta de tempo pela sua falta de acção.
Só que temos que nos aperceber que são os nossos medos que estão a bloquear o nosso caminho para realizarmos o nosso sonho, seja ele escrever um livro, ou viajar pelo mundo. Se queremos editar um livro, mas temos medo de vermos as nossas palavras nas mãos de outros, porque não abrir um blogue na Internet e começar a escrever com regularidade? Ultrapassar este medo poderá fazer-nos descobrir o prazer de escrever e, quem sabe, levar-nos a descobrir qual será a nossa primeira história.
Não podemos deixar que o medo faça dos nossos sonhos reféns. Temos de ultrapassar estes medos irracionais ao fazermos exactamente aquilo que temos medo de fazer. Cada pequeno passo que dermos irá dar-nos a confiança que necessitamos para caminharmos em direcção ao nosso sonho.
Ultrapassar as dores de seguirmos os nossos sonhos
Muitos de nós temos como objectivo perder peso e escolhemos começar a correr, para conseguirmos atingir esse objectivo. Vinte segundos depois de começarmos a nossa primeira corrida, mal nos conseguimos mexer. Os nossos pulmões parece que estão a arder e, se não tivermos onde nos agarrar, atiramo-nos para o chão.
Porém, esta é apenas a nossa primeira tentativa e desistir após 20 segundos é assumir uma derrota. O nosso desejo de perder peso tem de ser maior do que a nossa vontade de desistir! Se nos esforçarmos por ultrapassar as nossas próprias limitações no primeiro dia em que decidimos alcançar um objectivo, conseguimos expandir a nossa fé, damos mais um passo em frente para concretizar os nossos sonhos.
Quando vivemos um tempo em que mal temos tempo para descansar ou simplesmente divertir-nos, evitar as dores que surgem para conseguirmos alcançar os nossos sonhos parece ser a opção mais acertada. O mais engraçado é que, no momento em que aceitamos as nossas dores e começamos a tentar ultrapassá-las, a nossa motivação fica mais forte e, a cada dia, quando as dores são a tentação para nos fazer desistir, o nosso desejo de realizarmos os nossos sonhos irá levar-nos sempre a darmos um passo em frente.
Como Winston Churchill disse: “Se estás a atravessar um inferno, continua em frente.”
Temos de perceber que gostar do que fazemos é uma coisa boa
Ao longo da nossa vida, ensinam-nos que a vida é difícil e que devemos aceitar tudo de forma complacente, enquanto a atravessamos. Somos moldados para acreditar que não devemos gostar do nosso trabalho, tanto que costumamos rotular qualquer trabalho que seja satisfatório como “trabalho fácil”. Por isso, preferimos passar a maior parte dos nossos dias a trabalhar em coisas que nos esgotam ou deixam-nos sem energia e arranjamos constantemente desculpas para mantermos um trabalho que apaga o nosso brilho aos poucos. Tudo o que nos dê algum prazer acaba por se tornar num hobbie, relegado para as horas livres que temos uma ou duas vezes por mês.
Agora falemos sobre aquilo que ninguém nos ensina, mas que no fundo sabemos que é verdade: Para sermos felizes na vida, temos de encontrar e fazermos aquilo que amamos. Realizar os nossos sonhos exige de nós muito trabalho, mas isto também deve ser prazeroso. Devemos ser capazes de ter prazer quando estamos a reescrever um capítulo do livro que estamos a escrever há anos, fazendo voluntariado ou a gravar pela sétima vez o vídeo de introdução para o nosso site. Não interessa se estas tarefas não parecem ser trabalho, porque temos de continuar a fazer o que gostamos e, pouco a pouco, vamos ficando mais próximos da concretização dos nossos sonhos.
Quando quiser desistir, trabalhe com mais afinco
Quem é que nunca sonhou em lançar um livro? Enquanto não começamos a escrever diariamente, ficamos presos a um constante adiar para quando tivermos mais tempo. Sonhamos em despedirmo-nos do nosso trabalho e criar o próximo grande bestseller. E, então, voltamos para casa, vemos televisão ou ficamos agarrados à Internet, na esperança de que o nosso sonho um dia seja realidade. O que não percebemos é que, ao decidirmos adiar constantemente, já estamos a desistir do nosso sonho.
A vida terá sempre coisas para nos distrair e teremos sempre muitas coisas que necessitam de ser tratadas com urgência. No meio da correria, os nossos sonhos vão sendo empurrados, cada vez mais, para o fundo da nossa lista de prioridades. Os nossos sonhos são ainda sonhos, porque nunca ninguém nos disse que, para torna-los realidade, temos de trabalhar bastante para conseguirmos torna-los realidade.
Todos os dias temos de dar passos em frente em direcção aos nossos objectivos. É difícil, mas também é algo que nos coloca mais próximos de realizarmos o que pretendemos. E estes pequenos passos diários irão dar-nos a força de continuar em frente, mesmo quando queremos desistir.
Devemos seguir a nossa própria corrente
Sentimo-nos esmagados, nos momentos em que somos obrigados a comportar-nos de uma maneira que não nos parece ser a mais correcta. Isto acontece, normalmente, quando a sociedade espera que nos comportemos de uma determinada forma. Nestes momentos, procuramos respostas em artigos, vídeos online e livros. Procuramos evidências de que existem outras opções, melhores opções, e procuramos para encontrarmos coragem de lutar contra a corrente.
Não existem estratégias ou mapas que nos possam ajudar… só a nossa intuição nos pode auxiliar. Se queremos tornar os nossos sonhos realidade, temos de nos libertar das amarras da sociedade e remar contra a maré.
Por isso, se já sabe o que tem de fazer para realizar os seus sonhos, faça-o!
Obrigada por esta reflexão!
Grata por me lembrar de utilizar todas as ferramentas que possuo dentro de mim própria.
🙏🙏🙏