A aprendizagem do Amor é aquilo que nos traz à Terra, ao cumprimento de uma encarnação neste planeta tão belo e tão perfeito. Aprender a viver o Amor e aprender a viver em Amor é o que nos permite compreender a magnificência do que é ser Humano, e é isso que nos aproxima do divino, que nos mostra o que é ser aquilo que as diversas escrituras nos dizem de várias formas, o que é ser um reflexo de Deus aqui na Terra, o verdadeiro aceder à nossa Centelha Divina.
No entanto, quando olhamos à nossa volta, vemos um mundo de caos e de revolta, cheio de dor, de sofrimento, de inveja, mágoa e rancor, ganância e materialismo, medindo forças por um suposto poder, por uma suposta superioridade, não olhando a meios para atingir os fins, matando e destruindo por uma mera ilusão. Perante estes cenários, como agora, de forma tão dura, temos visto na Síria, também nós nos revoltamos, também nós nos questionamos como podemos ser tão irracionais e desumanos, mas esquecemo-nos, em cada momento, que tudo o que existe fora de nós, tocando-nos e marcando-nos, é um reflexo de algo que existe dentro de nós que necessita de ser trabalhado.
Como humanidade, hoje, na Terra, vivemos momentos importantíssimos e cruciais, especialmente transformadores, uma dádiva do Universo para o nosso trabalho em nós mesmos, para o grande e profundo despertar que nos está a ser pedido. É preciso, neste momento, olharmos para dentro de nós mesmos e percebermos que tudo o que estamos a sentir, que nos afecta, que vem do exterior de nós mesmos, é um espelho que nos mostra algo que necessitamos de descobrir e trabalhar, de nos permitirmos encarar e integrar, compreendendo que tudo o que nos incomoda, tudo o que à nossa volta vemos que não está bem, na realidade, por muito que seja trabalho desses seres, desses nossos irmãos, ao chegar até nós, tem algo que necessitamos de observar e sentir, de ajustar, de assimilar e aceitar.
Perante este mundo tão conturbado, alimentamos, instintivamente, energias que, sem querer, ainda o pioram. Quando vemos imagens na televisão ou na internet, quando lemos determinados relatos, sentimos revolta e raiva, alimentamos sentimentos negativos, não compreendendo que, nessa vibração, somos iguais ou, tantas vezes até, piores do que aqueles que cometem muitas atrocidades. Podemos e devemos ficar tristes, até podemos ficar revoltados num impacto inicial, podemos sentir o coração apertado, mas, de seguida, é a compaixão, a empatia, o amor, que deve preencher os nossos corações, não só por aqueles que sofrem, mas também, e principalmente, por aqueles que executam, que dão ordens, que promovem a guerra, que buscam o poder, pois são esses que buscam nisso uma fonte de preenchimento pessoal, esquecendo-se que apenas o Amor une as falhas e preenche os espaços.
Da mesma forma, muitas vezes procuramos respostas fora de nós, projectando para o exterior, para as situações, para as pessoas, para coisas nossas mas que têm manifestação fora de nós, aquilo que apenas na profundidade do nosso ser, dentro de nós mesmos, poderemos encontrar. O mais interessante também é que, quando nos confrontamos com todas essas situações que nos frustram, que nos dilaceram, já estamos, na verdade, de forma inconsciente, a olhar para dentro de nós, a confrontar-nos com as nossas zonas de conforto, a ver o que não queremos ver, ainda que pelos reflexos do mundo exterior. Tudo, porque, uma das coisas que o Ser Humano mais tem medo é de ver o seu próprio ser, o seu próprio brilho, as suas capacidades, a sua unicidade, a sua Centelha e o seu verdadeiro e divino poder.
Leonardo Mansinhos
Excelente texto Leonardo Mansinhos, que o amor por nós próprios e pelos outros seja propagado e consiga superar estas guerras inúteis. Que o amor ilumine todos os seres humanos e os leve a viver em harmonia, porque ele está dentro de todos nós é só encontrá-lo.
Muito obrigado pelas suas palavras Gabriela! Um abraço forte, Leonardo Mansinhos
Uma excelente reflexão, que vai ao encontro do meu trajecto pessoal, “Olhar o Outro com os Olhos do Outro” ainda que esses olhos sejam tão diferentes dos nossos, sem qualquer tipo de julgamento mas antes com ternura e compaixão é um caminho que ando a percorrer.
Muito grato pelas suas palavras, Maria! Esse é um dos grandes trajectos que todos temos de percorrer. Um beijinho, Leonardo Mansinhos