Aquele sonho que a fez inventar novos mapas com caminhos e trilhos que tantas vezes e que faz o seu coração acelerar, quando fala sobre ele, qual é? Quantas vezes já quis desistir e ainda nem o primeiro passo foi dado?
Sempre que puder, olhe para o seu mapa. Veja bem se os caminhos são os que delineou inicialmente. Não tenha vergonha de errar, cair, nem de refazer. Refazer o caminho, a si e até mesmo ao sonho.
Nunca desista. Os verdadeiros sonhadores não se resignam nem desistem, encontram sempre e invariavelmente coragem para continuar em frente. Não param mesmo estando quietos. Na quietude, reconhecem e aceitam as derrotas, as quedas, a quantidade de “nãos” que ouviram e leram.
Não tenha envergonha, se chorar. Irá chegar o momento em que todas as lágrimas farão sentido e ande, passo a passo, à sua velocidade. Por isso, dê um passo de cada vez, como se estivesse a reaprender a andar. Suba cada patamar com a sensação de que as subidas são, regra geral, custosas de alcançar.
Mune-se do seu próprio sonho, de si mesma (sem igual) e da vontade de concretizá-lo para enfrentar todas as contrariedades, vicissitudes, bombas, chuvas torrenciais e tempestades – principalmente as que fizer num copo de água. Servirão as provações para a testar. Medir o seu empenho, dedicação e vontade. Ultrapassá-las, com distinção, dar-lhe-á maior mérito, quando alcançar a sua meta.
Saia da sua zona de conforto e rume ao desconhecido, como se só houvesse agora e não amanhã. Desconforte-se, num dos dias, atire-se de cabeça (com todo o corpo) e confie em si. Confie que merece chegar onde se pretende chegar, mesmo que muitos tenham negado esse gosto. Não depende deles. Depende de si e do seu trabalho.
Não há regras nos sonhos. Nem amarras. Nem certo ou errado. É por isso que deve estar com o seu mapa perto de si. Os caminhos e as encruzilhadas podem mudar todos os dias, assim faça por isso. Não deixe que os fracassos do passado a atormentem. Fazem parte de si, do seu crescimento e mostram-lhe do quanto é capaz.
Não aceite que maltratem nem maldigam o que pretende. Não são os outros que precisam de entender a razão; é você. São os seus olhos que precisam de brilhar sempre que fala do seu sonho. É a sua voz que se deve escutar em todos os espaços onde esteja. É o palpitar do seu coração que galopa, quando sente que está cada vez mais perto.
Acredite não no que os outros dizem, mas em si. Os sonhos – de todos nós – não foram feitos para terem limites nem fronteiras e é por isso que nos é pedido que passemos por muito até os alcançarmos. O mapa que fomos fazendo não tem um “X” que nos mostre onde está o nosso tesouro. É por isso que é preciso proteger sempre aquilo que sonhamos como se a nossa vida disso dependesse. E depende.
Não se desarme por ninguém, use o escudo da coragem e dê os passos que lhe parecerem certos. Se se desequilibrar, pense, observe-se a si mesma e pergunte-se: quanto de si, cabe nos seus sonhos?
Quando cada milímetro de si, desde a ponta da unha do dedo do pé até à ponta mais comprida do fio de cabelo estiver dentro dos seus sonhos e tiver aprendido tudo o que lhe é necessário para dar o último passo que a leva a cortar a meta, eles tornar-se-ão realidade.
E no fim, agradecerá a si própria por nunca ter desistido, mesmo quando não acreditaram em si. Não importa mais. Você acreditará, mantendo-se fiel a si mesma e será isso que a guiará até ao fim. Os sonhos concretizam-se.
Já olhou para o seu mapa, outra vez? Vê como o trilho parece ter mudado? Os seus pés já começaram com o formigueiro de quem está prestes a iniciar uma jornada?
Quanto de si, cabe nos seus sonhos? Tudo! É isso que a faz ser uma sonhadora e a tornará numa concretizadora.