Chegamos ao final de mais um mês e outro, prontamente, se irá iniciar. Com o início de Setembro, um novo ciclo se inicia, com o regresso ao ritmo de trabalho, das aulas e da vida, dita, normal, para maior parte de nós. No entanto, o mês que finda não foi um Agosto convencional, com muitos acontecimentos em nós e à nossa volta, com muitos desafios que nos foram colocados, com muitas aprendizagens que nos foram entregues em mãos. Agora, que fizemos tais aprendizagens, somos chamados a aplicá-las na prática da nossa vivência, desde a mais simples à mais complexa, compreendendo o que a vida nos traz, por cada escolha, por cada semente plantada, tornando-nos verdadeiros Mestres na arte que é a nossa própria vida. Essa é a mensagem que o 3 de Ouros nos traz como energia orientadora desta semana.
Não é sábio aquele que tem em si todos os conhecimentos do mundo, mas sim aquele que, com o conhecimento que tem, é capaz de mudar o seu próprio mundo e, dessa forma, marcar a diferença. Da mesma forma, nas nossas vidas, só quando permitimos vivenciar cada experiência e retirar dela um ensinamento, colocando-nos em causa, sendo humildes e aceitando cada escolha e cada aprendizagem que fazemos, poderemos, efectivamente, adquirir a grande riqueza que a vida tem disponível para cada um de nós.
Tudo o que vivemos nestas últimas semanas, tudo o que temos experienciado, não só nestes tempos mais breves, mas, na verdade, em toda a nossa vida, tem como grande propósito ensinar-nos mais sobre nós mesmos e permitirmo-nos evoluir e ascender a níveis de consciência que nos permitem cumprir o caminho que aqui viemos trilhar. No entanto, aprender implica usar de todos os nossos sentidos para conseguir absorver cada gota de sabedoria que existe em cada situação, em cada queda, em cada levantar de novo. Para que tal possa acontecer, a primeira lição a ser aprendida é a da humildade, pois sem ela, facilmente, seremos levados por energias de soberba, de vaidade e de orgulho.
O 3 de Ouros lembra-nos que é preciso mais do que apenas perceber as lições que os acontecimentos da nossa vida nos trazem. É preciso, acima de tudo, aplicar esse mesmo conhecimento que adquirimos e transformá-lo, materializá-lo em novos caminhos, novas possibilidades, novas formas de ver e abraçar a nossa própria vida. Apenas dessa forma podemos perder o medo de sair da nossa zona de conforto e abraçar os desafios que a vida nos coloca. Quando insistimos na mesma forma de estar, transpomos para o mundo que nos rodeia, para os outros, para a sociedade, para o Universo, aquilo que nos acontece de “menos positivo”, tornamo-nos vítimas de tudo e nada aprendemos. Contudo, quando nos entregamos à enorme e fantástica experiência que é a vida, acedemos ao que não nos está visível, crescemos, transformamo-nos e encontramos, sem dúvida, a felicidade que só é possível quando cumprimos o nosso caminho.
Esta semana, olhemos para tudo o que temos aprendido e permitamo-nos celebrar a nossa própria vida. Não importa quantas vezes caímos, quantas coisas perdemos, pois se continuamos a focar-nos nisso, dificilmente conseguiremos ver para lá desse limite, dificilmente conseguiremos perceber o quanto crescemos, o quanto mudámos, o quão corajosos fomos por abraçar os desafios. Não importa se as coisas não estão direitas e se algum dia estarão, o que importa é que, a cada momento, estamos a aplicar o que somos, o que aprendemos, o que compreendemos de nós mesmos. Esse é o grande propósito da vinda à Terra, o de sermos apenas nós mesmos, mas para isso precisamos de aceitar os caminhos, nomeadamente aqueles que nos parecem muito sinuosos. A nossa vida constrói-se através da experiência, da vivência de cada situação e das escolhas que, a cada momento, fazemos, que precisamos de assumir e de aceitar. Quando não o fazemos, corrompemos o nosso coração com energia negativa e lentamente deixamos de viver, destruímo-nos, presos na inveja, na vitimização, ainda que estejam mascaradas de coração aberto e dádiva. Ser humano é experienciar todo o tipo de sentimentos e pensamentos, mas crescer e aprender é escolher o que queremos alimentar na nossa alma, no nosso corpo, no nosso Eu.
Boa semana!
Leonardo Mansinhos
Excelente!