O mundo surpreende-nos todos os dias quando o sol nos abre a porta da vida.
Podemos ter a bagagem carregada de dores do passado, mas a vida dá-nos sempre a oportunidade de continuar a viver e a distribuir sorrisos por esse universo infinito, onde encontramos razões para sermos felizes.
Ser, na imensidão de existir, passa por desafiar o passado e a vida. Passa por olhar para o mundo com um sorriso eterno, com uma despreocupação (aparente e sublime) pelo acaso, pela sorte, pelo azar – pelo que não se sabe, pelo que ainda está por vir.
A descoberta é o momento do nascimento da obra-prima e das necessidades da natureza. Quando percebemos que nascemos com o propósito fundamental de sonhar mais alto, de sentir a vida, de espalhar magia, coerência, ambição e autenticidade.
A viagem que fazemos é o resultado do tempo que levamos até aprendermos a voar sozinhos. Se formos demasiado lentos poderemos ter perdido toda uma vida de momentos que não foram vividos. De nada nos vale tentar encontrar culpados para que o dia de hoje tenha amanhecido nublado, se ainda sentimos em nós o calor de quem ontem celebrou connosco a alegria de estarmos vivos.
É preciso aprender que depois de uma tempestade sempre volta a bonança e que se o sol se atrasou para nos vir cumprimentar, isso não é desculpa para deixarmos de sorrir para a vida.
É no saber ver e olhar o mundo em redor, que percebemos que a gramática formal da vida se torna muito intuitiva e elementar. Temos de combater a ilusão dos vários planos do mundo, que se fundem e formam um plano único.
É preciso abrir as janelas e deixar a vida circular. Se o perfume das lembranças ainda estiver entranhado em nós não devemos chorar, mas sim aproveitar para perfumar as memórias desses bons momentos que a vida nos proporcionou.
A vida sabe sempre para que lado nos encaminhar e com ela nunca estaremos perdidos.
Viver é produzir vestígios. Vestígios de sentimentos, emoções, vidas, personalidades, sonhos, anseios, choros, ou alegrias infinitas. É o querer que nos torna autênticos em toda a nossa dinâmica e plenitude, o querer ser algo que nunca ninguém foi, o acrescentar algo novo ao universo, algo que ninguém, jamais, tenha feito, ou sido.
Não valia a pena existir, se não fosse para sonhar com um amanhã infinito. Em nós, começa tudo – e tudo acabará em nós.