A Felicidade acontece quando acreditamos e quando aceitamos.
A Felicidade acontece quando acreditamos ousar, quando não baixamos os braços, quando não desistimos ao primeiro entrave, quando aceitamos que podemos mudar de opinião, quando ultrapassamos o nosso orgulho, quando desfrutamos do que temos (seja muito ou pouco), quando atingimos os nossos objectivos e quando não os atingindo nos perdoamos pelo que achamos que não fizemos, e nos redireccionados para outro possível caminho.
A Felicidade está em distinguir o que está ao nosso alcance, está em definirmos prioridades e vivermos em paz com as nossas escolhas, em agradecermos o que temos, e sem cruzar os braços, distinguir se vale a pena lutar ou continuar a lutar pelo que não temos.
A Felicidade está em atingirmos o Plano Pessoal que traçamos para nós próprios ou que vamos construindo inconscientemente, aceitando os caminhos íngremes, os desvios, os descarrilamentos, os atropelos e todas as outras descontinuidades, que nos fazem percorrer um caminho mais longo, com fases dolorosas, mas que ao mesmo tempo, nos dão a oportunidade de contemplar e experienciar outros “sítios” que de outro modo nunca conheceríamos.
A Felicidade está onde menos esperamos, nos detalhes mais básicos, nos atos e palavras mais monótonas e banais do dia-a-dia.
Ser feliz é simples e inato como respirar pela barriga. Quando nascemos, fazemo-lo automaticamente e à medida que vamos crescendo e envelhecendo, vamos apertando o cinto e o orgulho e contrariando o movimento voluntário da barriga, até que passamos a controlar a respiração artificialmente, tal e qual como a nossa Felicidade.
A Felicidade é o pote de ouro do duende que guarda o arco-íris, nem sempre o vemos e está sempre a mudar de lugar, mas está lá, só temos de seguir o equilíbrio das coordenadas variáveis M e P para encontrar a nossa Felicidade Interna Bruta:
FIB= M+P
Em que:
- M = Ser feliz pode estar associado a pessoas sorridentes ou a pessoas mais soturnas, não é uma questão de alegria, é uma questão de paz, plenitude, contemplação, disfrutar, estar, em acrescentar em si e nos outros;
- P= e quando a parcela M está desequilibrada, ponderámo-la com o contacto com a Natureza, os pés na terra e na erva, abraços inesperados, sorrisos, gargalhadas e proximidade emocional.
Conjugando estas duas parcelas conseguimos gerir a nossa Felicidade Interna Bruta, mantê-la acima da “linha de água” e de vez em quando até encontramos o duende e o pote.
A Felicidade acontece quando acreditamos em nós e nos outros. E quando nos aceitamos a ambos sem expectativas, sem complexos e sem constrangimentos.